CÓLICAS DO RECÉM NASCIDO: ENTENDA O QUE CAUSA E COMO ALIVIAR ESSAS DORES NO BEBÊ
As cólicas do recém-nascido costumam ser momentos tensos para os cuidadores e, claro, para o próprio bebê. Afinal, além da dor, o sintoma normalmente é acompanhador por choro intenso, agitação e irritabilidade do pequeno.
Para dificultar ainda mais essa situação, nem sempre é fácil descobrir se o que causa esses sintomas é a cólica ou alguma outra questão. É natural, portanto, sentir estresse e ansiedade¹ quando os episódios acontecem.
Se identificou com a situação? As cólicas do recém-nascido podem ser bem comuns². Contudo, nem sempre os pais e demais cuidadores sabem lidar com elas. Pensando nisso, preparamos este post com dicas de como lidar com esse sintoma comum nos primeiros meses de vida do bebê. Confira!
O que são as cólicas do recém-nascido?
As cólicas são desconfortos abdominais que podem sinalizar algum problema ou serem circunstância natural da imaturidade do sistema gastrointestinal do bebê². O incômodo da cólica gera alguns sintomas, como choro constante. No geral, essa condição é normal e passageira, não atrapalha o desenvolvimento do pequeno e nem provoca riscos de vida.
Contudo, o choro de um recém-nascido pode não ser unicamente pelas cólicas². A criança também se manifesta por fome, fralda suja, sono e diversos outros desconfortos. É por essa razão que é importante ter atenção aos sinais e tentar, com o tempo3, identificar os motivos do choro.
O que causa cólicas no recém-nascido?
Uma das principais causas de cólicas do recém-nascido é a imaturidade do sistema gastrintestinal dos pequenos, que dificulta o processo de digestão no início da vida. Isso porque eles ainda não têm bactérias no intestino, que são adquiridas no aleitamento materno e úteis para essa finalidade².
Quando esse é o caso, é preciso dar tempo ao tempo e aguardar o processo de desenvolvimento acontecer. É possível se valer de algumas ferramentas para auxiliar no desconforto, como você verá a seguir, e oferecer muito carinho e amor para o bebê nesse meio-tempo.
Recém-nascidos que consomem leite artificial podem passar por um processo mais lento de desenvolvimento e maturação do intestino². Logo, a tendência é que as cólicas sejam mais comuns nesse grupo. Contudo, isso não é uma regra. De toda forma, esses incômodos tendem a passar quando o sistema gastrointestinal dos bebês se desenvolve melhor.
Entre outras possíveis causas das cólicas², estão:
- excesso de gases - também relacionado à imaturidade do intestino e à intolerância a lactose; 2
- falta de adaptação entre os pais ou os cuidadores e o bebê - o recém-nascido ainda não se adequou ao novo ambiente, assim como os cuidadores, o que pode influenciar nas cólicas; 2
- sensibilidade a determinados componentes alimentares consumidos pela mãe e que podem passar ao bebê pelo leite materno. 2
Assim, é importante observar os sintomas e relatar ao pediatra, que poderá avaliar se a cólica do bebê é aquela normal desse período da vida ou se é preciso investigar melhor sua possível causa.
Com quantos meses a cólica do bebê passa?
A cólica do recém-nascido normalmente costuma surgir no primeiro mês de vida, sendo mais frequente entre o primeiro e o terceiro, e podendo passar até o sexto mês. Em geral, entre o terceiro e quarto mês, esse problema já se torna menos intenso².
Como identificar a cólica no recém-nascido?
Diante das limitações na comunicação do bebê, pode ser difícil diferenciar a cólica de outro problema ou demanda. No entanto, é comum que a cólica tenha características específicas, que podem ajudar a identificar essa crise. Entre elas:
- período crítico - a dor inicia no final do dia, quando o bebê está cansado e o metabolismo desacelera;
- tempo de incômodo - o episódio precisa durar cerca de 3 horas, por 3 dias na semana, durante 3 semanas seguidas para ser caracterizado como cólica²;
- choro intenso - é natural que esse problema leve o bebê a chorar, mas certifique-se de que a causa não é fome, fralda suja, sono, frio ou calor²;
- irritabilidade - a cólica deixa o recém-nascido irritado a ponto de o rosto ficar vermelho, músculos ficarem enrijecidos e ele se contorcer².
Sintomas de cólica em bebês
Outras maneiras de identificar esse problema nos pequenos é observar a presença de alguns sintomas², como:
- barriga inchada;
- gases;
- arrotos após mamar;
- mãos muito fechadas;
- encolher e esticar das pernas.
Qual é a melhor posição para o bebê com cólica?
O posicionamento mais indicado, quando o bebê vai ficar deitado, é de barriga para cima². Essa é a posição recomendada, principalmente no primeiro ano de vida, em qualquer contexto.
Isso porque, ao ficarem de barriga para baixo ou na lateral e sem acompanhamento, os bebês correm risco de sufocamento ou asfixia. Essa posição também é a adequada para realizar alguns movimentos de alívio, como você verá a seguir.
Para carregar o bebê com cólica no colo, os cuidadores podem deixá-lo próximo do próprio corpo, onde o neném se sente mais seguro, quentinho e confortável. Uma sugestão é contar com um sling, que auxilia a aliviar o peso da criança e deixa o pequeno próximo ao corpo do cuidador.
Como aliviar a cólica do bebê?
Existe uma série de dicas bem-vindas para o alívio desses episódios nos recém-nascidos². Acompanhe:
- massagem4,5 - faça movimentos suaves e com um pouco de pressão ao redor do umbigo no sentido horário;
- banho quentinho - a temperatura levemente mais elevada ajuda a relaxar a musculatura e aliviar os sintomas; Sempre verifique a temperatura da água frente a sensibilidade da pele do bebê.
- arrotar - após a mamada, busque mantê-lo no colo, em pé, por um tempo, para ajudá-lo a arrotar;
- enrolar - manter o bebê aninhado e próximo ao corpo do cuidador ajuda a passar confiança e a aliviar os sintomas;
- Luftal Infantil - esse medicamento, seguro para bebês e crianças, ajuda no alívio rápido da dor e estufamento causados pelos gases. Consulte o médico para verificar se Luftal Infantil é recomendado para o caso.
Como visto, as cólicas do recém-nascido, na maioria dos casos, são normais, provavelmente devido à pouca maturidade do sistema gastrointestinal. E, ainda, existem outros fatores que podem influenciar o aparecimento dessas crises, motivo pelo qual é importante ter atenção a sintomas e reportá-los ao pediatra.
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Referências